Nos textos anteriores da nossa série sobre as origens históricas da melhoria contínua, você foi capaz de entender melhor sobre filosofias e metodologias que ajudaram na produtividade industrial ao longo do tempo.
Mas, nos últimos anos, foi possível perceber cada vez mais a inserção de tecnologias nas indústrias.
Portanto, é preciso entender de que forma os avanços tecnológicos podem ser usados para aplicar os princípios da melhoria contínua explicados nos textos anteriores dessa série, o que será mostrado ao longo deste e dos próximos artigos dessa sequência.
Assim, ao contrário do que se pode pensar, a indústria 4.0 não torna as filosofias da melhoria contínua obsoletas. Na verdade, ela possibilita que tais princípios sejam aplicados com mais assertividade do que anteriormente.
No entanto, antes de entender como fazer essa união, é preciso compreender o conceito de indústria 4.0, iniciando pelas origens históricas dadas pelos contextos das Revoluções Industriais.
O desenvolvimento da sociedade industrial foi observado em quatro momentos distintos. O primeiro deles corresponde à chamada Primeira Revolução Industrial, que foi impulsionada pela criação do motor a vapor.
Já a transição para a Segunda Revolução Industrial está consolidada com a inclusão de novas fontes de matérias-primas e energia, especialmente eletricidade, além de cada vez mais petróleo.
Depois, a Terceira Revolução Industrial desenvolveu o papel da instrumentação da economia financeira, proporcionando desenvolvimento acelerado na mídia e transporte, além de permitir a integração global constituída pela globalização.
Assim, essa revolução era bem conhecida pelas tecnologias que foram empregadas no Japão em meados da década de 1970, incluindo biotecnologia, ciência da computação, controle numérico computadorizado (CNC), microeletrônica, sistema integrado de telemática, entre outros.
Agora, o termo “Indústria 4.0” vem no contexto de uma nova revolução industrial, que enfatiza e inclui as mais recentes inovações tecnológicas e auxílios na produção rápida e personalizada. O termo teve origem na Alemanha em 2011, referindo-se a mudanças diretamente ligadas aos campos de automação integrados à tecnologia da informação.
Desse modo, com o objetivo de promover a automação industrial por meio de “fábricas inteligentes”, a ainda iminente Quarta Revolução Industrial pode ser caracterizada pela integração entre a internet e os processos produtivos.
Como mencionado, a indústria 4.0 é um novo modelo de produção que caracteriza a Quarta Revolução Industrial. Esta forma avançada de fabricação é representada pelo desempenho inteligente, virtual e digital em indústrias de grande escala e emerge como uma ruptura das três revoluções industriais que ocorreram antes dela.
No entanto, seria enganoso dizer que a indústria 4.0 é um novo modelo que desconhece totalmente as revoluções industriais que ocorreram anteriormente.
Na verdade, a indústria 4.0 utiliza plenamente todas as bases das revoluções industriais anteriores, porém com maiores taxas de integração, digitalização, virtualização, tecnologias e tempos de resposta rápido a estímulos.
Assim, a indústria 4.0 é um modelo avançado de fabricação que inclui dentro de si um extenso conjunto de tecnologias não necessariamente inéditas, mas integradas entre si e com toda a indústria.
Desse modo, a indústria 4.0 está revolucionando a forma como as empresas fabricam, melhoram e distribuem seus produtos.
Nesse contexto, os fabricantes estão integrando novas tecnologias, incluindo Internet das Coisas (IoT), computação em nuvem e analytics, e IA e machine learning (aprendizado de máquina) em suas instalações de produção e em todas as suas operações.
Essas fábricas inteligentes são equipadas com sensores avançados, software embarcado e robótica que coletam e analisam dados e permitem uma melhor tomada de decisão.
Dessa forma, no próximo texto, serão apresentadas as tecnologias abordadas dentro da indústria 4.0. Isso tornará mais simples o entendimento de como esse conceito se relaciona com os princípios da melhoria contínua anteriormente vistos.
Portanto, continue acompanhando a nossa série de artigos para não perder!
Fontes:
Intechopen
IBM